“Muitos desejos não se consumam e continuam
etéreos por causa das palavras covardes. aquelas que não deixam apertar o
botão “enviar” depois de escrever alguns parágrafos sinceros ou que
ficam falando de longe e bem baixinho dentro cabeça para não te ligar de
madrugada quando estava pensando em você e tudo fazia sentido. ficam
ocultas por anseios e medos. por idiossincrasias e insegurança na falta
da reciprocidade.
E não tomo coragem, mas invento analogias em
planetas fantásticos para tentar fazer você sentir o que estou sentindo.
Escrevo para o mundo, mas, na verdade, essas palavras têm direção e
destino.
Porque ao final, todas as conversações, todas as palavras,
todos os fragmentos – no discurso amoroso – consistem em dizer ao ser
amado:
“Estou aqui pra te amar, perceba-me.””
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