Quando queremos, ou não, nos despedir nunca é
fácil. Puxar as âncoras, levantar as velas, ver o que foi nosso canto
ficar pequeno e distante até se confundir com o infinito. Isso demanda
muita coragem, força pra velejar até outra margem que nem sabemos onde
fica. Nesse mar que estamos entrando podemos encontrar tempestades,
bichos, monstros, por-do-sol incrível, céu estrelado, podemos encontrar
uma sereia, um golfinho, um tubarão faminto afim de nos engolir. Mas se
não levantarmos nossa âncora desse canto
que já não nos serve, nunca saberemos o que nos espera nessa(s)
outra(s) margem(s) que está(ão) por ai. Então é preciso arregaçar o
coração, é preciso medir força com o tempo e ir em frente. Olhar pra
trás apenas para ter certeza de que o passado tem ficado pequeno diante
do infinito que se abre aos nossos olhos quando olhamos pra frente. É
assim que tem que ser … é assim que eu acho que tem que ser!
Já
levantei minhas âncoras, estou puxando minhas velas, mas as pessoas que
moram nesse meu canto ainda estão na margem pedindo pra que eu fique.
Sinto muito, é com muito amor e com muita esperança que eu sigo meu
caminho, com vocês no meu coração! Quem sabe nao chegue um passarinho
com uma carta, uma foto, ou um postal de um canto qualquer do mundo no
bico:
“Especialmente pra você”
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